ENTREVISTA COM O GANG OF FOUR
(Por Fernando Tucori com foto de Otavio Sousa)
O Gang Of Four original, chamado de Camarilha dos Quatro ou Bando dos Quatro, era o nome dado pra quatro pessoas (uma delas era Jiang Qing, esposa de Mao Tse Tung) do Partido Comunista da China que foram responsáveis pela implementação da Revolução Cultural. Quando o Gang Of Four, a banda, começava a tocar seus primeiros acordes, em 1976, Mao morreu e, quando eles estavam no auge criativo, em 1980, o verdadeiro Gang Of Four era julgado e condenado à morte por excessos durante a Revolução. Se um Gang Of Four foi condenado à morte, ou outro foi condenado à vida eterna após seu fim, em 1984, e teve sua palavra sendo repetida por seguidores e a memória revivida relançamento após relançamento.
Quando eles encerraram atividades, não havia CD e iPod era um sonho sem contornos. No tempo em que a banda ficou parada, Andy Gill (guitarra) se tornou um produtor renomado, Dave Allen (baixo) montou uma empresa de consultoria em tecnologia aplicada à música na internet, Jon King (vocal) chegou até a fazer música ao lado de Gill (e não deu em nada) e Hugo Burnham (batera), depois de passar por várias gravadoras, virou professor universitário em Massachusetts onde leciona até hoje.
Na década de 1980, você podia até achar que jamais haveria uma banda como eles. Agora, nos primeiros anos do século XXI, existe um número considerável de bandas que admite ter bebido na fonte deles e qualquer sujeito desavisado poderia dizer que -agora sim - temos bandas como Gang Of Four. Então, do nada, os quatro integrantes da formação original da banda resolvem voltar e, assim que o primeiro acorde distorcido soa no palco, a certeza volta, vinte anos depois: jamais haverá uma banda como Gang Of Four. A entrevista a seguir rolou pouco depois da passagem de som que a banda fez no Via Funchal, em São Paulo, na tarde de seis de setembro de 2006. O primeiro contato com eles foi no corredor que dava acesso aos camarins. O baterista, Hugo Burnham, reclamava de cansaço e batia o pé que queria ir para o hotel. O vocal, Jon King, acabou indo com ele. Ficamos a sós, Dave Allen (o baixista), Andy Gill (o lendário guitarrista) e eu, num camarim vazio. Primeiro uma pequena equipe de TV fazia uma entrevista curta com eles e, nessa entrevista, deu pra sacar qual era a do Gang Of Four. O repórter pergunta se eles sabem alguma coisa da política brasileira e eles dizem que não sabem nada e não querem opinar a respeito de Lula. Perguntam: “Ele é candidato de novo?” e o repórter diz que sim. “E ele é bom” e o repórter diz um “mais ou menos”. “E ele é corrupto?” e ele diz que sim. “Então... por que votar nele, se ele é corrupto?”, eles concluem.
Com eles é assim.
As coisas são simples, por mais complicadas que elas sejam.
Nesta entrevista, Andy e Dave falam sobre a volta aos palcos, sobre a possibilidade concreta de gravar um novo disco com músicas inéditas e sobre Marx... Karl Marx? Não... Groucho Marx!
Quando vocês começaram a tocar, lá na década de 1970, vocês poderiam imaginar que estariam aqui hoje para fazer um show – um show bastante esperado – no século XXI?
Andy Gill: (Pausa) Não... Não, não, não, para ser honesto não. Eu acho que o único norte que a gente tinha naquela época era pensar que o que estávamos fazendo era muito forte, muito imaginativo e muito poderoso. A gente não imaginaria pra onde isso iria levar a gente em longo prazo, mas a gente imaginava que o que a gente fazia podia ter um efeito e que as pessoas poderiam se apaixonar.
Dave Allen: Eu acho que a longevidade do material que a gente tinha em mãos quando gravamos “Entertainment” nunca foi posta em dúvida. Houve sempre um sentimento de que, se a gente criasse alguma coisa fantástica, aquilo ia voltar para a gente. De certa forma não me surpreendeu ver uma série de bandas pegando emprestadas coisas de nosso catálogo. Também é preciso lembrar que, quando a gente começou a gente tinha vinte, vinte e um anos e nessa época eu não costumava ficar pensando que, depois dos quarenta, eu poderia estar na estrada outra vez com o Gang Of Four.
Vocês sentem que o mundo hoje está mais preparado para o Gang Of Four do que estava na época que vocês começaram?
Dave Allen: Eu acho que sim. Acho que agora nós tivemos a oportunidade de ser expostos para um público maior e porque existem essas outras bandas que falam de nós. Porém, eu me lembro de quando a gente começou, em 1978, quando nosso primeiro disco saiu, que era muito difícil conseguir um espaço no rádio. A gente descobriu que a nossa gravadora não lançou nosso disco aqui (no Brasil) quando ele foi lançado em outras partes do mundo porque, provavelmente alguém, de algum selo no Brasil disse ‘não, nós não queremos isso’.
E naquela época aqui no Brasil, os fãs do Gang Of Four gravavam fitas um para os outros. Um amigo gravava de um amigo, que havia gravado de um amigo.
Dave Allen: Hoje em dia isso se chama internet! (risos)
Andy Gill: É meio que um mercado negro. (mais risos)
E você trabalha com internet, não é, Dave?
Dave Allen: É. Eu trabalho com tecnologia de internet ligada à música.
E como vocês vêem em particular o caso de troca de músicas pela internet. Vocês se sentem perdendo dinheiro ou vocês acham que tudo bem porque o trabalho de vocês está sendo divulgado?
Dave: Eu acho que é uma faca de dois gumes porque, sim, se as suas músicas estão passando de mão em mão de graça, você obviamente está perdendo dinheiro com vendas. Por outro lado, na página do Gang Of Four no MySpace, a gente tem, vamos dizer, coisa de cem mil “amigos” e eles espalham informações sobre nós e sobre o nosso trabalho por todos os cantos através da internet. Então, é difícil dizer qual dos dois lados é o melhor.
Andy: O fato é o seguinte. Existem músicas e você as grava. E você quer ser pago por elas de algum modo. Se você deixar com que isso aconteça sem limites, como é que você viver? Como é que você vai comer?
Dave: Mas é que existem sistemas realmente bons pra isso hoje em dia, existe o iTunes, da Apple, que é muito, muito popular e eles têm uma fórmula pra fazer com que você seja pago e isso é legal. O que nós claramente não podemos ignorar é que há certa proporção de pessoas que sempre vai querer alguma coisa de graça e não acho que isso vá acabar um dia.
Há uma banda brasileira, chamada Titãs que, como vocês já devem saber, gravaram uma música chamada “Corações e Mentes” que tem letras que dizem "seu beijo é tão doce/ seu suor é tão amargo/ às vezes acho que te amo, às vezes acho que é só sexo", que é praticamente uma versão em português da letra de Damage Goods, que diz “Your kiss is so sweet/ Your sweat is so sour/ Sometimes I think that I love you/ But I know it´s only lust". Como vocês se sentem a respeito disso? Vocês já ouviram a música?
Andy: Eu só queria que você escrevesse o nome da banda pra eu poder procurar e checar. Já tinham me falado disso, mas eu não sei como se escreve o nome da banda.
Dave: A gente acha na internet. (risos)
Há alguma possibilidade concreta de rolar um novo disco com um novo lote de músicas novas?
Andy: Existe. A gente começou agora a aparecer com idéias novas. Não acho que a gente já tenha alguma coisa concreta, mas acho que se, nos próximos meses, a gente conseguir reunir mais algumas músicas, a gente vai poder gravar um novo disco.
Dave: O que eu acho que seria bom é se a gente conseguisse fizesse umas três ou quatro boas canções compostas em grupo e, aí, começar tocar nos shows antes do fim do ano, porque isso é bom – antes de gravar, você testa as músicas na estrada, testa os arranjos delas e vê como elas funcionam com a platéia. “Entertainment!” foi praticamente inteiro composto enquanto a gente estava na estrada e, quando ele foi gravado, a gente já sabia que ele era bom.
Agora a pergunta que todo mundo sempre faz: porque é que, depois de 20 anos separados, vocês resolveram dividir o mesmo palco outra vez?
Andy: Porque a gente podia. (risos)
Dave: A gente não é nada mais velho nem mais sábio. Nós somos aqueles mesmos caras. Sabe o que é? Eu tenho meus filhos e eu acho que eu consigo lidar com esses três... ahn... garotinhos aqui. Ao invés de brigar e discutir, eu aprendi com meus filhos: é mais fácil chegar e negociar. E eu acho que nós somos melhores negociando um com o outro agora do que nós éramos no passado. Ainda existem alguns atritos entre nós, mas é bom estar de volta ao ônibus, como se diz.
Voltando aos anos 1980, porque é que vocês decidiram que não dava mais para continuar com o Gang Of Four?
Dave: Ah, foi porque eu saí! (risos!)
Olha só: Se ele foi o primeiro a sair, Andy, porque é que vocês o chamaram de volta?
Dave: (gargalhadas)
Andy: Foram várias as formações da banda e todas elas foram boas e...
Dave (continua gargalhando e interrompe para dizer): Obrigado pelo voto de confiança!
Andy: Houve formações diferentes do Gang Of Four. A primeira foi Gill, King, Allen e Burnham. Quando ele (Dave) decidiu que ia sair para formar o Shriekback, a gente ficou pensando seriamente sobre aquilo tudo por um tempo. Então houve formações diferentes. Jon, eu e mais um baterista substituto. Houve um tempo em que nada aconteceu e, quando a gente voltou, acho que foi instintivo que a gente voltasse com a formação original.
Dave: Acho que o ponto principal é que, as bandas que pegam coisas da gente pegam de nossos dois primeiros discos, então, acho que foi um pensamento natural quando a gente decidiu que ia voltar.Ia voltar para esse ponto em específico. Talvez se as pessoas pegassem mais coisas do disco “Songs Of The Free” (de 1982, com Sarah Lee no baixo), seria uma situação completamente diferente. Essa formação, que gravou os dois primeiros discos, parece ser a formação que seria mais natural reviver.
E por que fazer gravações novas para velhos clássicos ao invés de um disco completamente novo?
Andy: Eu acho que, quando a gente fez o primeiro disco, eu fui encarregado da produção, mas a gente não tinha a habilidade e a experiência para produzir a gente mesmo. O que a gente tinha era uma idéia muito clara de onde a gente queria chegar com as músicas. Saiu legal, embora a gente não tivesse muita experiência a respeito de como criar os sons. Eu acho que a bateria nunca soou muito bem em “Entertainment!”, sabe? Especialmente a bateria. Parece... (bate na poltrona produzindo um som abafado para exemplificar o que quer dizer)... Parece alguém batendo em uns caixotes. Jon (King, o vocalista) sempre repetiu que a gente nunca soou em disco como a gente soava ao vivo e, ao vivo, a bateria soa bastante poderosa. Explosiva. Agora, depois de ter trabalhado como produtor por décadas, eu sei como tirar esse som da bateria dentro do estúdio. Quando a gente voltou e começou a ensaiar juntos outra vez e percebeu que soava muito bem – porque soava muito bem – foi excitante tocar novamente e perceber que a gente ainda soava bastante poderoso. A idéia era soar como a gente estava tocando e, pra fazer isso, a gente decidiu corrigir os problemas de som que havia nos nossos discos, especialmente os dois primeiros discos. Falando de uma forma bem clara: não há overdubs de modo algum, não há – você sabe – truquezinhos. As
gravações novas foram ainda mais simples do que foram em nossos dois primeiros discos. Em “Entertainment!”, a gente fez overdubs na guitarra, mas não há overdub nas novas gravações. Foi muito, muito, muito simples, mas foi bem gravado e soa muito mais parecido com que a gente soa ao vivo. Algumas pessoas podem até encher o saco e dizer que a gente não devia voltar atrás e gravar esses clássicos outra vez. Porém meu pensamento foi que é se você gosta daquele disco, você pode ir numa loja e comprá-lo. A Warner Brothers e a EMI relançaram os originais em CD e você pode comprá-los se quiser. Ou então você pode comprar este novo com o som especialmente aprovado pelo Gang Of Four.
Vocês não detêm os direitos sobre as músicas de seus primeiros dois discos...
Andy: A gente tem direito de regravar as músicas. Então, a gente regravou.
Dave: A gente pode regravar, mas não pode ter as fitas-master de volta. As masters pertencem a EMI. Eles ganharam da gente em um contrato de licenciamento que infelizmente ainda não acabou.
A edição limitada do disco “Return The Gift” saiu com uma nota de um dólar dentro da embalagem. Qual foi a idéia por trás disso?
Dave: Retribua o presente (“Return The Gift”).
Andy: Bem, na verdade essa era uma idéia bem velha que nunca havia sido concretizada, embora não tenha realmente acontecido de verdade agora, mas quando a gente lançou o EP “Another Day, Another Dollar”, lá em 1980. Eu queria fazer isso naquela época, colocar uma nota de um dólar na embalagem e isso quase aconteceu. Não rolou porque as pessoas diziam “você não pode fazer isso! Vão roubar as notas de dentro das embalagens!”.
Dave: Mas era um presente útil, não era? (risos)
Andy: Quando a gente foi lançar este disco, “Return The Gift”, a idéia pipocou novamente. A gente achou que poderia ser fantástico a gente poder colocar uma nota de um dólar verdadeira na embalagem. A gente achava que tinha tudo a ver a idéia quando ela surgiu, sabe? O índio, o cowboy, o dólar... Você entende? A gente disse “é legal, vai ser divertido”. Aí, eu perguntei se a gente podia fazer aquilo, eles disseram que sim e, quando estava tudo pronto pro lançamento, alguém chega dizendo “olha, a gente não
pode fazer isso! As pessoas vão roubar as notas de dentro das embalagens” e eu fechava os olhos e pensava “ah, não isso não pode estar acontecendo de novo”. (muitos risos). Então foi uma edição bastante limitada e agora você entende o porquê.
Dave: Foram lançadas só dez mil cópias.
Na autobiografia de Groucho Marx, ele diz que ia tentar vender um livro que trazia de brinde um ovo frito.
Dave: Sim! As pessoas ficam com fome! Por que não um ovo frito?
Andy: Eu gostei da idéia.
Dave: Vamos fazer isso no próximo disco. A gente pode! É Marx, não é Marx?
Andy: Marx! Sim! Groucho Marx! (gargalhadas!)
Como foram as primeiras reações aos shows que vocês fizeram depois que voltara à ativa, no Reino Unido?
Andy: Foi muito, muito forte. O que eu posso dizer é eu a gente não sabia nem direito pra quem é que a gente ia tocar. A gente sabia que havia essas bandas, Bloc Party, Kaiser Chiefs, que viam no Gang Of Four uma referência. Então, a gente achou que haveria bastante gente mais jovem vendo a gente. A gente sabia que mais de 60% da platéia seria gente com menos de 25 anos de idade e isso é bem bom, porque a gente vai alcançar toda uma nova geração. Foram boas críticas.
Dave: Foi bastante confortador. Você sabe...
Andy: Você nunca sabe o que as pessoas vão dizer. Você pode abrir o New York Times e, de repente ver lá: “por que esses velhos estão voltando pra encher o saco?”. As coisas não poderiam ter sido mais diferentes disso. . Este é o melhor e mais poderoso material que nós já tivemos, então foi uma reação muito forte.
Vocês se vêem como uma banda política ou apenas como uma banda que tem uma política muito, muito pessoal?
Dave: Eu acho que isso vem primeiro: a política com o p minúsculo, que é a política pessoal. Fique olhando os seus amigos vivendo as vidas deles e como a gente vive a nossa. É de onde a gente vem. Teve um rapaz que perguntou pra gente como é que a gente via a política no Brasil... Por causa do nosso passado, as pessoas vivem perguntando coisas pra gente a respeito de política, como se a gente fosse extremamente especializado na política que se exerce em cada parte do mundo, com base nessa idéia de que nós somos marxistas ou socialistas. E assim vai...
Andy: O Gang Of Four nunca tentou vender uma linha partidária. O nosso trabalho é muito mais observacional e descritivo A gente não é de ficar em cima do muro, só que a gente não quer dar comida na boca das pessoas. A gente observa as coisas e algumas são bem chocantes, outras são bem trágicas e outras são bem engraçadas. Não é nossa idéia ficar dizendo o que a gente pensa e que isso é o que todo mundo deve fazer. Não é simples como “aquele é o porco capitalista e estas são as pessoas simples e oprimidas”. Não é simples assim. Às vezes até é. Especialmente na América do Norte e na Grã-Bretanha. Mas nunca é tão simples. Não existe limite do lado selvagem e não existe limite na bandeira branca.
Sim... Quem é o inimigo?
Dave: Sim, esse é um ponto em que a gente chega sempre. Especialmente nas letras. O que eu decido, em cada um dos meus dias, cada vez que levanto da cama. E por “eu”, você pode trocar por “alguém”. Uma pergunta que você faz pode levar à próxima pergunta. A gente nunca tenta dar todas as respostas, mas a questão é o que esse “alguém” faz a cada dia. O que você decide observando suas ações no dia a dia? Como é que você vai querer ser? Então, um dia eu posso decidir, depois que meus filhos tiverem ido para a faculdade, vender tudo que eu tenho e pegar a estrada. Você não tem que gastar todo seu dinheiro com maquinário ou ir morar num condomínio pra gente velha. Essa é a pergunta que você tem que fazer quando alguém tenta te vender alguma coisa. Seja política ou seja um bem material. É uma espécie de regulamento que vem sendo importo para nós: “você tem que ter uma TV de plasma”, “você tem que ter um iPod” ou “você tem que ter um emprego” ou “você tem que ser afiliado ao meu partido”. Você sabe.
Você é dono de coisas que depois viram donas de você.
Dave: Exatamente! É justamente isso.
É mais ou menos o que acontece com aquele forno de microondas? (Durante o show, Jon King destrói um forno de microondas com um taco de beisebol)
Dave: (muitos risos) Ele acaba em um show do Gang Of Four!
Andy: Ele é reciclado. De um jeito especial. (risos)
Diga quatro razões para alguém ver um show de vocês.
Andy: Não existem tantas bandas tão excitantes quanto o Gang Of Four. Essa é uma das razões.
Dave: Já que você mencionou o microondas... O impacto do nosso desempenho ao vivo. A nossa performance, de cada um individualmente, é muito diferente da média das bandas de rock. Eu não gosto de dizer, mas hoje à noite, os Cardigans, eu presumo, vão fazer um show pop-rock e pode ser legal. Depois, o Gang Of Four vai vir e as coisas serão preto no branco. A gente vai fazer nosso show de um jeito bastante diferente. Outra coisa que eu posso dizer é que o que você vai ver aqui é além do inesperado.
Agora a pergunta mais Bob Geldof de todas: quatro razões pra mandar a pobreza pro inferno.
Andy: A gente não quer entrar na área de Bob Geldof. Não somos Bono e Bob. (risos)
Dave: Ah, não! Eu vou ser o Bob! (muitos risos). Eu acho que dada as condições de certos países, eu fico preocupado em fazer mais para ajudar a acabar com a pobreza, especialmente no terceiro mundo.
Quatro bandas que as pessoas mais dizem se parecer com o Gang Of Four?
Dave: Só quatro?
Andy: Ah, isso é fácil!
Dave: Não, eu pergunto só quatro porque as pessoas vêm falando de bandas recentes. Eu iria além de quatro porque as pessoas já falavam isso no começo
dos anos 90. Tem o Fugazi, Rage Against The Machine, acredite ou não – Massive Attack, Red Hot Chili Peppers, R.E.M., mesmo o Nirvana já mencionou a gente em entrevistas e em anotações. Aí a gente entra nos anos 2000, que tem Rapture, Bloc Party, Franz Ferdinand...
Andy: Futureheads... Tem o Kaiser Chiefs.
Dave: Sim, o Kaiser Chiefs. A lista é gigante. A gente fica feliz em ver o quanto a gente foi influente. (risos)
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