e lá vamos nós de novo
O mundo gira em falso
e sua língua tentar abrir passagem
entre os meus lábios
em um beijo
que nunca haveria de ser.
(ainda sinto em mim o perfume da loção pós-barba mentolada de hoje de manhã)
não tenho motivo algum pra pensar,
mas é assim que quero que aconteça
tenho que ir,
zunir,
partir,
cair fora
e aí vai você, querida...
um sorriso de mil dentes,
nas raias da cãibra facial
e nada
NADA
de alma por trás dele.
escrevo como quem chora.
escrevo como que morre
a mesma morte de bandeira
choro a vida inteira
escrevo como quem abriu os olhos
e não se acostumou, ainda, com a luz.
escrevo apertado
escrevo doído
se eu morresse
morresse agora
qual das minhas vidas morreria comigo?
é pra ser o que sou
ou pra ser o que sempre fui?
e o que foi que eu sempre fui?
faltam perguntas
não faltam respostas
tenho todas elas na ponta da língua
mas não apostaria um dente que estão certas.
são respostas.
a pergunta errada precisa de uma resposta certa?
tudo é sujo e todas as pessoas estão mortas.
te confesso que lavei minha alma,
mas larguei minha alma secando
e nem sei onde foi.
quem mexeu nas minhas coisas?
quem esporrou no meu queijo?
quem espirrou no meu beijo?
...
é
eu mesmo, né?
E aí que eu estava dançando quando a música deixou de fazer sentido.
Foi um choque daquele que queima.
Então, eu tive uma idéia brilhante pra salvar a minha pele e a de todo mundo.
Aí, ela brilhou por um instante no ar,
piscou
e desapareceu para sempre...
3 comentários:
WOW.
@persephone
Ui!Isso tudo!
caralho, Tucori.
posso pegar diversar frases e encaixar em mim.
perfeito.
obrigada pelos sorrisos do dia.
adoro quintana.
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