os três mosqueteiros, domingo à tarde
D’Artagnan ainda está de joelhos. Acabou de ganhar de presente, das mãos da Rainha, duas preciosas gemas que, não fosse por ele, teriam causado um puta rebosteio naquela noite em que Vincent Price, em pessoa, foi ao castelo fantasiado de cardeal Richelieu. Athos estava preso na Bastilha, junto com Plauchet, seu criado. Aramis renunciara aos prazeres terrenos e, assim sendo, só Deus saberia dizer em que monastério se encontrava. Porthos havia sido furado na bunda, lá pra puta que pariu e não havia quem o fizesse sentar na sela de um cavalo.
A Rainha lhe ofereceu as mãos, que D’Artagnan beijou.
Lembrava que beijou e repetia em voz alta, como que a tentar se convencer:
“Eu beijei as mãos da Rainha da França”
Diante dele, ainda ajoelhado, ela diz:
“Não tem ambições maiores?”
Ele beija-lhe as mãos.
Profundamente.
O nome dela é Constance.
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