13.5.08

Are You Experienced?













A única coisa que fiz foi olhar pra frente
e o que vi naquele momento era algo de que jamais me esqueceria.
O resto da minha vida, a partir daquele instante,
seria a eterna busca de momentos como este.
Era isso que eu precisava saber que acontecia no mundo.
Era a repetição dessas estranhas confluências é que me interessavam.
O que é que levava aquelas pessoas todas praquele lugar,
naquele mesmo espaço de tempo.
O que nos unia?
E, mais profundamente ainda... o que iria nos separar?
Fiz que imaginei uma resposta pras duas perguntas,
mas já era tarde demais.
Havia passado.
Era uma história que eu teria de contar.
São raras as histórias que te perdoam se você não as contar.
Elas te atormentam pelo resto da vida,
porque você vai ficar vendo ela se repetir
e não vai saber qual das repetições é a melhor de contar.
Porque você é burro demais pra admitir que TODAS elas são boas de contar,
porque você não está falando sobre o mundo.
Você está falando de você e,
pra falar de você e não cansar os outros,
você precisa se desfazer no mundo inteiro
como as cinzas daquele velho amigo que você um dia espalhou pelo mundo.
Você precisa se pulverizar em tudo de tal modo
que tudo seja tudo
e você não seja nada.
Nada além do limite entre o tudo e o nada.
A tua liberdade é essa.
A liberdade de ser a fronteira entre o tudo e o nada
em que você só precisa decidir com o que se preocupar,
do que cuidar e pra onde não precisa olhar.
O que amar?
O que temer?
Quando partir?
O que fiz depois, foi a única coisa que poderia fazer.
Ajustei minha máscara no rosto,
conferi se os botões da camisa estavam no lugar e,
com o passo hesitante de quem ouve “Cê Tá Pensando que eu Sou Lóki?”,
acertei meu passo rumo ao sol.
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